Medo insurrecto

Na noite perversa que se avista
vozes estranhas
endrominam-me o cerebro
com historias infantis morbidas
incito o meu medo a fugir
para bem longe...
mas este presiste em ficar
para me amedrontar
sonhos inconsequentes
mas que me fazem
temer o meu sub-consciente
não sei como lhes escapar
vozes monocordicas
sussuram-me aos ouvidos
o âmago da tristeza
o âmago do terror!
o surrealismo ataca-me a mente
para me fazer ver
o que os meus olhos não veem
corro para longe
para me preconizar
sobre a minha saida
tudo me virou costas
tudo esta escuro
o labirinto da minha vida
cada vez é mais complexo
a minha solidão é mais intença
os meus medos
incutiram-me a preparar o meu fim...